O trabalho sexual é um emprego como qualquer outro, certo? No entanto, trabalhadores sexuais têm menos direitos do que trabalhadores em outras indústrias, fazendo com que esses profissionais se encontrem em situações vulneráveis e enfrentando estigmas diariamente.
A forma como trabalhadores sexuais são tratados em todo o mundo é vista por muitos como injusta. Por isso, como qualquer profissional, profissionais do sexo precisam de apoio e aliados, não apenas dentro de sua comunidade. É importante que todos defendam seus direitos, pois isso levará a melhores condições de trabalho e uma percepção pública mais positiva do trabalho.
Mas como começar? Em um mundo que está constantemente contra os trabalhadores sexuais, encontrar maneiras de ser aliado e ser um(a) ativista infelizmente não é uma tarefa fácil. No entanto, temos um guia completo para ajudá-lo(a) nessa luta.
Ativismo refere-se ao ato de fazer campanha ou defender uma causa ou mudança social ou política. Ativistas muitas vezes trabalham para conscientizar sobre questões e para promover ou prevenir mudanças sociais, políticas, ambientais ou econômicas por meio de protestos, manifestações, boicotes ou outras formas de defesa. O ativismo pode assumir muitas formas diferentes e pode envolver indivíduos, grupos ou organizações trabalhando juntos para efetuar mudanças no nível local, nacional ou global.
O ativismo no trabalho sexual é importante, uma vez que os trabalhadores sexuais são, às vezes, marginalizados e, como outras comunidades marginalizadas, podem enfrentar formas de exploração, abuso e violência. Existem barreiras legais e sociais que limitam seus direitos e os trabalhadores sexuais também podem enfrentar acesso limitado aos cuidados de saúde e outros serviços sociais ou financeiros devido à discriminação e ao estigma mencionados acima. O ativismo nesse contexto geralmente envolve o desafio à discriminação e aos estigmas sociais ou a criação de uma conversa educacional sobre o trabalho sexual.
Em geral, esses fatores podem criar barreiras significativas para os cuidados de saúde e outros serviços para trabalhadores sexuais, o que pode ter sérias consequências para sua saúde e bem-estar. Ao se unirem, ativists buscam abordar essas questões e exigir mudanças. O objetivo é dar aos trabalhadores sexuais controle sobre seus direitos como profissional, reduzindo a possibilidade de abuso, problemas financeiros e quaisquer outras questões negativas que estão associadas a esse tipo de trabalho.
Ao advogar pelos direitos e igualdade, os trabalhadores sexuais enfrentam várias barreiras e desafios, que geralmente incluem:
O ativismo de trabalhadores sexuais é uma questão global, mas o ativismo começa mesmo é dentro da própria casa. Por exemplo, se você é uma trabalhadora sexual, comece pela sua comunidade local, já que é uma boa maneira de mudar lentamente a narrativa em torno da questão.
Encontre comunidades locais de trabalhadoras sexuais e ouça suas experiências. Conversar ajudará você a perceber quais questões de nível local/comunitário precisam ser abordadas primeiro. Muitas podem encontrar grupos de trabalhadoras sexuais online por meio de fóruns ou plataformas de mídia social.
Trabalhe com instituições de caridade locais para criar dias e campanhas de conscientização. Pode haver eventos específicos mais perto do que você pensa, e a melhor maneira de descobrir e aumentar a conscientização é através de instituições de caridade próximas.
As trabalhadoras sexuais também podem trabalhar com pequenas empresas para aumentar a conscientização. Isso poderia incluir colocar panfletos relacionados ao trabalho sexual ou realizar eventos informativos em cafeterias locais.
Trabalhar com organizações e instituições de caridade é uma das melhores maneiras de se informar. Também pode ajudá-lo a se juntar a uma causa que tem uma direção sólida, o que é útil, já que o ativismo pode parecer uma tarefa difícil às vezes.
As principais organizações e redes do Brasil incluem:
Envolvimento no ativismo das trabalhadoras sexuais não é apenas para profissionais da indústria. Qualquer pessoa pode se juntar à luta, independentemente de sua carreira.
As melhores maneiras de apoiar as trabalhadoras sexuais incluem:
Pessoas que simpatizam com a causa são muito importantes para esses profissionais, e quanto mais o público entender que o trabalho sexual é um trabalho como qualquer outro, mais mudanças veremos na nossa sociedade.
Uma das reformas mais importantes que as trabalhadoras sexuais estão defendendo é a descriminalização, que trabalhará para reduzir o estigma das trabalhadoras sexuais e impedir que o trabalho seja considerado um delito criminal. Isso também abrirá a porta para que as trabalhadoras sexuais recebam cuidados de saúde, proteções legais e outros serviços sociais.
Além disso, proteções trabalhistas gerais são outro ponto importante, pois permitiriam que as trabalhadoras sexuais se sindicalizem e recebam melhor proteção no trabalho. Todos os outros empregos recebem essa proteção, então as trabalhadoras sexuais acreditam que também deveriam receber. As trabalhadoras sexuais também estão lutando pelo acesso igualitário aos cuidados de saúde, sem estigma. Por exemplo, acesso a tratamento justo e prevenção e tratamento do HIV/AIDS.
Leis anti-discriminação são outro aspecto chave da atividade de trabalhadoras sexuais. Essas leis protegem as trabalhadoras sexuais da discriminação ao se candidatarem a moradia, empregos e em outros ambientes formais.
Há muitas informações on-line, então pode ser difícil escolher quais fontes são relevantes para você. A melhor rota a seguir é por meio de fontes de informações locais. Verifique quem está publicando informações na sua comunidade ou estado, pois você não quer acabar confundindo as leis de outro locais ou país com as do Brasil.
Advogada e profissional do sexo, Frida Carla vem dando uma aula sobre direitos da mulher no seu perfil nas redes sociais. Se você está procurando entender mais sobre leis e direitos trabalhistas, e além de tudo se inspirar diariamente, não deixe de seguir o seu perfil no Instagram.
As melhores jornadas começam com educação, então comece a ler antes de participar de protestos ou assinar petições. Encontre informações específicas do seu país e explore o que as trabalhadoras sexuais locais estão lutando contra.
Depois de conhecer seus objetivos, encontre grupos locais e participe de eventos, protestos, passeatas promovidos por esses grupos. Você também pode compartilhar esse conteúdo nas redes sociais para aumentar o alcance e a conscientização geral. Petições são uma ótima maneira de envolver outras pessoas, mas certifique-se de que as petições que você está compartilhando sejam acionáveis e não apenas uma página vazia online – acredite, isso acontece mais do que você espera.
Em caso de dúvida, entre em contato com as trabalhadoras sexuais locais e veja onde elas estão focando e como você pode ajudar.
Trabalhadoras sexuais também devem construir e participar de uma comunidade juntas. Isso permite que esses profissionais conversem com outras pessoas na mesma situação e que entendem em primeira mão os desafios da profissão.
Se você está procurando construir uma comunidade de trabalhadoras sexuais, faça o seguinte:
As redes sociais são uma das maiores ferramentas disponíveis, e que todos nós podemos adquirir facilmente.
Ativistas e trabalhadoras sexuais podem ser encontradas facilmente em todas as plataformas de mídia social, e a melhor maneira de se envolver é se educar com o conteúdo delas e compartilhá-lo em sua página ou com sua rede.
Além de compartilhar histórias e mensagens, as redes sociais conectam pessoas que lutam pela mesma causa. Junte-se a grupos e fóruns de discussão para conversar sobre suas pautas e ideias. Dessa forma, você pode aprender sobre questões em tempo real e desenvolver sua própria compreensão dos problemas.
Seja você uma trabalhadora sexual ou um(a) simpatizante da causa, participar dessas discussões é importante e uma ótima maneira de ajudar a comunidade. Quando em dúvida, a educação é sempre o caminho a seguir – e as instituições de caridade oficiais e as trabalhadoras sexuais são as melhores fontes para sua aprendizagem. Esperamos que este blog tenha te apresentado o ativismo de trabalhadores sexuais de uma forma leve e que te ajude a ter mais clareza sobre o seu próprio ativismo.
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