Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra Profissionais do Sexo: História, importância e impacto

O Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra Profissionais do Sexo, celebrado em 17 de dezembro, é uma data dedicada a honrar a memória das trabalhadoras sexuais que perderam suas vidas devido à violência, combater a desigualdade e buscar um futuro mais seguro. Este artigo aborda a história e a importância desse dia, desde sua criação até os desafios que as profissionais enfrentam atualmente.

História do Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra Profissionais do Sexo

O Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra Profissionais do Sexo (conhecido pela sigla IDEVASW, em inglês) foi criado em 2003 pela Dr. Annie Sprinkle e pelo Sex Worker Outreach Project (SWOP), uma organização americana de defesa dos direitos das trabalhadoras sexuais.

Essa data surgiu após os eventos trágicos relacionados ao caso do Assassino de Green River, nos Estados Unidos, em que mais de 40 mulheres foram assassinadas ao longo de duas décadas. O caso trouxe à tona os perigos extremos e os preconceitos enfrentados por trabalhadoras sexuais, assim como a falta de justiça e o descaso com os crimes cometidos contra elas.

Desde então, o IDEVASW ganhou reconhecimento global, sendo observado em diversos países. ONGs, organizações de direitos humanos e até mesmo alguns governos passaram a reconhecer o dia 17 de dezembro como uma data vital para homenagear as vítimas e aumentar a conscientização.

Por que o Dia 17 de dezembro é importante

Parar para refletir em 17 de dezembro é essencial para evidenciar a violência enfrentada por profissionais do sexo —uma violência que muitas vezes é ignorada devido ao estigma social e à indiferença.

Ao desafiar estereótipos e estigmas, o IDEVASW encoraja a sociedade a refletir e superar preconceitos, promovendo uma compreensão mais inclusiva e empática sobre as trabalhadoras sexuais.

Esta data também desempenha um papel importante na formação de políticas públicas, incentivando governos e organizações a adotar proteções legais e reformas que priorizem a segurança e os direitos das trabalhadoras sexuais. Por meio da defesa ativa e do alcance comunitário, o Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra Trabalhadoras Sexuais continua a inspirar mudanças positivas, ajudando a construir um futuro onde elas sejam respeitadas e protegidas.

Desafios e problemas que persistem

Embora a conscientização promovida pelo IDEVASW ajude a compartilhar histórias e educar a população sobre os desafios enfrentados, ainda há muito a ser feito.

Um mito comum é que com a tecnologia, profissionais do sexo estão menos sujeitos a riscos. No entanto, isso está longe de ser verdade. Aqui estão alguns dos principais desafios enfrentados em 2024 por esses profissionais:

  1. Riscos de violência e segurança Trabalhar na profissão ainda expõe as pessoas a diversas formas de violência física, como agressão. Contudo, a violência não se limita ao físico. Há também riscos de violência emocional e legal, como assédio online, abuso emocional e criminalização.
  2. Estigma e discriminação O estigma social e os preconceitos levam à marginalização de trabalhadores sexuais, resultando muitas vezes na exclusão de serviços básicos e proteções. Essa marginalização pode ser extremamente solitária e contribuir para problemas de saúde mental.
  3. Barreiras jurídicas e estruturais A criminalização, a falta de proteções legais e os obstáculos estruturais dificultam o acesso à justiça e à segurança, deixando as trabalhadoras mais vulneráveis a abusos e exploração.

No Brasil, o trabalho sexual é legalizado, mas ainda existem muitas leis e legislações que dificultam a vida de quem trabalha no setor.

O impacto do ativismo

Ativismo refere-se ao ato de fazer campanha ou defender uma causa ou mudança social ou política. Ele desempenha um papel crucial na defesa dos direitos e bem-estar das trabalhadoras sexuais.

Esses grupos atuam incansavelmente para apoiar profissionais, aumentar a conscientização e combater políticas prejudiciais, defendendo reformas legais, acesso à saúde e campanhas antisstigma. Além disso, iniciativas lideradas pelos próprias trabalhadores sexuais criam redes de apoio, espaços seguros e recursos que fortalecem a segurança e a autonomia, proporcionando suporte, educação e ferramentas de autodefesa.

Mudança na percepção pública

O ativismo também tem contribuído para mudar gradualmente a percepção pública, promovendo maior solidariedade entre comunidades de trabalhadoras sexuais e aliados. Com o aumento da conscientização, mais pessoas reconhecem a importância de defender os direitos das profissionais e garantir sua proteção. Esse progresso se deve aos esforços dos ativistas que enfrentam estereótipos e defendem a inclusão.

Reflexão e objetivos futuros

Apesar de ainda haver um longo caminho a percorrer, o Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra Profissionais do Sexo trouxe avanços significativos. A conscientização crescente e a celebração da data levaram a melhorias em medidas de segurança e mudanças políticas que protegem as profissionais.

Aliados podem desempenhar um papel crucial ao participar do movimento por meio de:

  • Defesa por reformas políticas
  • Amplificação das vozes dos profissionais do sexo
  • Trabalhando para reduzir o estigma sobre a profissão
  • Consumindo e compartilhando conteúdo educacional e positivo sobre profissionais do sexo

Seu apoio pode ajudar a criar um ambiente mais seguro e inclusivo, onde os profissionais do sexo são respeitados, protegidos e fortalecidos.

Conclusão

O Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra Profissionais do Sexo é um dia de conscientização e esperança por um futuro onde esses profissionais sejam tratados com segurança, respeito e proteção. Aproveite a oportunidade para apoiar o movimento, participando de atividades, defendendo mudanças e educando os outros sobre os desafios enfrentados por eles. Ou comece agora mesmo compartilhando este blog!

Leia mais sobre o trabalho sexual no blog do Vivalocal.

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